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dezembro 30, 2012

Sweeney Todd, o musical Burtoniano

 
Sweeney Todd é o filme de Tim Burton lançado em 2007. Burton recria um ambiente musical e dramático para a adaptação do autor Stephen Sondheim de 1980, que ainda jovem ficou impressionado com a história, então por que não adaptá-la para o cinema? Mas, como sempre, há muitos imprevistos para que algo que se deseja aconteça, e só anos mais tarde (bem mais tarde, como já sabemos) Burton consegue adaptar a história para o cinema. 
A época é a era vitoriana, Benjamin Barker (Johnny Depp) é um barbeiro da rua Fleet que vive feliz com esposa e filha é acusado pelo juiz Turpin (Alan Rickman) que apaixonado pela esposa de Barker, manda -o para Australia, acusado de um crime que não cometeu. Anos mais tarde Barker retorna a sua casa na rua Fleet e jura vingança. Logo conhece a Sra. Lovett (Ms. Burton), esta conta-lhe sobre o paradeiro de sua esposa e filha e descobre que Johanna sua filha é mantida presa na casa de Turpin. Agora Barker que atende ao nome de Sweeney Todd, com o sentimento de ódio e vingança nas veias tentará matar  Turpin e todos que atravessarem seu caminho, ou melhor, sua barbearia.
Sendo uma adaptação musical do teatro, Burton teve uma tarefa delicada, adaptar e cortar algumas músicas do original, pois ficaria longo demais na adaptação para o cinema. As divisões de diálogos interrompidos pela trilha sonora faz com que o espectador fique submerso nas melodias dos personagens (claro que, para quem gosta de musical).
Em Sweeney Todd, Burton mostra cenas com muito sangue, Todd com seu sentimento vingança transmite ao espectador ao navalhar a garganta de seus clientes, borriafando sangue para todos os lados, cantando com seu ar de frieza, sente-se realizado. Na questão da adaptação ser um pouco sangrenta, a adaptação mostra muitos borrifos de sangue, que torna o filme um pouco cômico e nada trágico.
Uma de sua marcas é a maquiagem que Burton deixa sempre em evidência na quase todos seu personagens (olheiras profundas, palidez, cabelos e olhos extremamente ressaltados) e no caso de Todd fica visivel, palidez e madeixas excêntricas.Um fato curioso é que na versão de Sweeney Todd dos EUA é diferente da versão que saiu no resto do mundo, motivo esse foi a classificação etária nas cenas de morte, e assim, mostrando ângulos de câmera diferentes para suavizar as cenas.
Burton sai do comum em suas obras cinematográficase mostra ao espectador que o diferente é muito mais interessante, mas não é para qualquer diretor ter tanta criatividade de visão e ao mesmo tempo sombrio e fantástico.
Sweeney Todd é o 10º musical mais visto da história do cinema.
 
INDICAÇÕES:
4 Globos de Ouro - ganhando dois, de melhor ator e melhor filme categoria musical;
3 Oscars - ganhando um, melhor direção de arte.
 
 
 *Para quem me conhece sabe o quanto sou fã de Timothy William Burton, e não exagero nas palavras quando falo à respeito de sua originalidade ao criar ambientes góticos e ao mesmo tempo fantásticos. Burton nos mostra em seus personagens (maus, feios, loucos, etc) um sentimento de admiração, que faz com que nós espectadores queira ajudar desde Edward, mãos de tesoura (1990) à Alice no País das Maravilhas (2010), e que se fosse possível encontrá-los por aí, ou então encontrar o criador desses personagens cheios de sentimentos diversos.
Me lembro bem, o primeiro filme de Tim Burton que assisti na TV, (e muito menos imaginava quem era Burton na época) era Edward mãos de tesoura, deveria ter uns 6 ou 7 anos (+ ou -), e fiquei hipnotizada com aquele personagem, simpatizada e ao mesmo tempo com pena do rapaz de fisionomia medo/tristeza com algumas cicatrizes no rosto, pensei com meus botões:
-  Como ele foi ter tesouras no lugar das mãos?? Tadinho do Edward!
Mas recordo que fiquei muitos dias pensando sobre Edward e sempre que passava o filme na sessão da tarde (na época não havia locadora e muito menos aparelhos para recepção de filmes em fitas) eu parava tudo para assistir.
Burton foge um pouco do tradicional filme hollywoodiano e nos mostra, um terror infantil, com personagens melancólicos e sombrio.
 É... Quanta imaginação hein Mr. Burton e obrigada, pois faz de nós espectadores e admiradores de suas obras cinematográficas muito felizes.

dezembro 09, 2012

UM OLHAR DO PARAÍSO (Critica atualizada)




Um olhar do Paraíso (The lovely bones, 2009) é uma adaptação cinematográfica do Best-Seller da americana Alice Sebold e que logo, o diretor Peter Jackson, famoso por seus filmes de gênero trash, compra os direitos autorais do livro e recria para o público a mais bela das histórias entre a vida e a morte.
O ano é 1973, a história se passa em Norristown um subúrbio da Filadelphia.

“My name is Salmon, like a fish. First name Susie”, Susie Salmon, assim se inicia a história, narrado em primeira pessoa, pela personagem e a tornando mais comovente ao espectador que será direcionado aos passos da protagonista, sobre sua visão da vida e consequentemente sua morte até finalmente a sua chegada ao paraíso. Susie Salmon (Saoirse Ronan) é uma garota de 14 anos que ama tirar fotos, segundo ela, é uma forma de congelar momentos (os mais diversos) antes que eles se vão. Nos primeiros minutos do filme o espectador não tem a total noção de que Susie está morta até então ser revelado seu assassino. Susie é abordada quando estava voltando da escola por seu vizinho George Harvey (Stanley Tucci), um homem solitário que vive em uma casa verde do outro lado da rua. 
O Sr. Harvey quer lhe mostrar um esconderijo subterrâneo, segundo ele fez para as crianças brincarem. Inocente e curiosa, Susie aceita conhecer o lugar, logo percebe que o homem é um tanto estranho. Ele lhe oferece uma garrafa de coca-cola, mas  diz que precisa ir embora e Mr. Harvey com um olhar frio e assustador diz: - It’s not polite! Be polite!. Susie começa a ficar com medo e foge (Elipse)*. Até então, nós espectadores, respiramos aliviados, Susie fugiu do psicopata. Ela corre até avistar seu pai, Jack Salmon (Mark Wahlberg) na rua e logo grita para ele, mas como num passe de mágica ele desaparece. Até então Susie não tinha certeza do que estava acontecendo e ao chegar em sua casa anda pelo corredor e vai até à uma porta com uma luz muito clara e vê Mr. Harvey numa banheira, coberto de lama e sangue. Ele estava com sua pulseira, a qual estava na pia do banheiro e logo percebe a crueldade que sofrera. Susie foi violentada e morta por Mr. Harvey (Foco dramático)**.
O flashback é um componente muito importante para o desenrolar da historia, e quando o personagem relembra algo que o fará solucionar um fato. E geralmente são cenas em tons de séphias, mostrando ao espectador que é a lembrança do personagem. A maioria dos flashbacks eram revividos por Jack, o pai de Susie que ao rever suas fotos, relembrava das cenas, afim de descobrir quem era o assassino de sua filha.
Outro fator ao ser analisado (e que só percebi assistindo-o pela 2ª vez,  mas para um expert em cinema, acredito que perceberia de imediato) seria a questão da grande sacada de Peter Jackson, que deixa cenas subliminares (se é assim que posso dizer) sobre a presença de Mr. Harvey no shopping enquanto Susie passeava com seus pais e sua avó (Susan Sarandon) e que a câmera flagra ele algumas vezes ao rondando as lojas que Susie se encontra, mas à um primeiro momento (leigos como eu) não se dão conta que o assassino estava ali tão perto.
O desenrolar do filme se passa entre o paraíso e  pequenas visitas de Susie ao mundo real. Um campo que muda de estações de acordo com as emoções de Susie, é uma mistura de cores vivas em um ambiente sobrenatural que faz o espectador viajar junto com Susie até ao paraíso de Peter Jackson.
Definitivamente Mr. Jackson soube repassar para a tela toda a imagem que o livro relata e de forma simples e bonita. Em algumas cenas, confesso que, relembrei de filmes famosos sobre essa temática que fascina a todos que é a vida após a morte e dentre eles não teve como não lembrar de "Ghost - do outro lado da vida" (1990) e " Amor além da vida" (1998), visto que ambos os filmes anteriores foram protagonizados por atores consagrados, Demi Moore e Robin Willians, mas mesmo com a Saoirse Ronan (não sei como se pronuncia...) mostra o quanto o tema “mundo sobrenatural” é tão belo e fascinante.
Linguagem cinematográfica:
*Elipse – Supressão de um ato dramático, o qual será revelado posteriormente. É um corte de cena, não se explicitando o que ocorreu e que por meio de deduções leva o espectador entender o que ocorreu seguido da próxima cena. No filme não é mostrado como Susie foi violentada e faz o espectador acreditar que ela conseguiu fugir mas só depois com os efeitos de luzes percebemos que Susie está morta e nos mostrando  Mr. Harvey na banheira, sujo de lama e sangue.
**Foco dramático – é um ponto ou ação de uma cena a que quer se atrair a atenção do espectador, e podem ser voltados nos seguintes pontos:
a)Personagem falando;
b)personagem se movimentando em um grupo de pessoas;
c)personagem muito iluminado ou com roupas mais claras;
d)personagem ou objetos em foco.
Podemos perceber o foco dramático na cena, quando Susie entra no banheiro onde está Mr. Harvey, além da claridade do ambiente, o rosto do psicopata é colocada em primeiro plano, em close (CL). Para dar mais veracidade no filme Peter Jackson usou muito o foco dramático no filme, e que se podem ver em várias outras cenas.




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Aqui você conhecerá um pouco de Janaina M. Jarski. Como uma típica aquariana, amo tudo o que tenha a ver com atualidades, principalmente se o foco for livros, músicas e filmes.

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