Sombras da
noite/Darkshadows.
Direção de Tim Burton. EUA, 12. 133min. Comédia. Baseado na série de TV. Roteiro
de Seth Grahame-Smith. Com Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Helena Bonham
Carter, Eva Green, Bella Heathcote, Chloe Grace Moretz, Christopher Lee, David Selby, Susanna Cappellaro, Gulliver McGrath.
Barnabas
Collins (Johnny Depp) ainda criança deixa a cidade de Liverpool e levado por
seus pais para os EUA, que segundo eles, livraria o filho da maldição que
atingiu a família. A cidade é Collinsport e com vinte anos a mais, tem aos seus
pés todas as donzelas. Barnabas se envolve com a bruxa Angelique Bouchard (Eva
Green) que cria expectativas com o belo rapaz, e logo tem seu coração partido.
Revoltada, transforma Barnabas em vampiro, e destruindo o seu romance com
Josette (Bella Heathcote). Barnabas tenta impedi-la, mas está hipnotizada e não
o escuta, se joga penhasco abaixo. Barnabas torna-se imortal e preso em uma
tumba por dois séculos, até então, é despertado segundo ele: “Eu fui despertado por um dragão amarelo com
dentes de ferro”, que nada mais era uma retroescavadeira para
desapropriação de um terreno para as redes McDonald’s. Confesso que foi uma grande sacada do roteirista Seth Grahame-Smith que remeteu a
letra “M” da famosa rede de fast-food, ao
personagem “Mefistófeles” do livro intitulado Fausto, do escritor alemão Johann Wolfgang Von Goethe e
que na nossa era dos “geração saúde” pode ser considerado sim como um demônio.
Em um mundo
totalmente diferente dos costumes londrinos do século VXIII, Barnabas acorda no
ano de 1972, um ano em que a cultura pop ganhava um grande espaço junto com o
lema “paz e amor” de Hippies. O enredo é bem acompanhado com músicas dos anos
70, que vão desde The Carpenters, Barry
White e com a participação especial, ao vivo e a cores de Alice Cooper e se tratando de um filme de Burton não poderia faltar uma
trilha sonora de Danny Elfman.
Barnabas foge do estereotipo de vampiros em voga, transformando
tudo em cômico. O Lord inglês se atrapalha tentando se adaptar a década 70 e tentando
conquistar a babá do menino David Collins (Gully McGrath), a tímida e estranha Victoria
Winters (Bella Heathcote) e segundo Barnabas, é a encarnação de Josette. Meio
perdido e não saber como abordar sua amada e pede ajuda à Carolyn (Chloe Grace
Moretz) filha rebelde da matriarca Elizabeth (Michelle Pfeiffer), e segundo ele
a garota se porta como uma prostituta com seu jeito de se vestir e por suas atitudes
um tanto excêntrica.
Uma das cenas cômicas é quando Carolyn está assistindo The Carpenters (Top of the world, é
tocada na íntegra) na TV e aterrorizado Barnabas diz: “Mas que bruxaria é essa? Revela-te cantora minúscula!” e cortando
todos os fios da televisão. Admito minha ignorância e sempre vi no facebook
essa frase “que bruxaria é essa?” não sabia de que se tratava, imagino eu que,
a pessoa que adquiriu essa frase em postagens de imagens deve ter sido
influenciado pelo filme.
Sombras
da noite é um filme lançado em 2012, dirigido por Tim Burton, baseado na série
da década 1960, DarkShadows de Dan
Curtis e fã confesso da série decidiu reavivar a historia para a nova
geração. Na adaptação há uma mistura de gêneros, que vão desde o sombrio à
comédia e que, não por menos, foi alvo de critica, mas nada disso faz com que
Burton perca sua notoriedade. Em alguns momentos o filme torna-se um pouco
monótono e em alguns momentos superficial. Na segunda parte do filme em que
Barnabas está nos anos 70, esperava mais daquela comedia pastelão. Os efeitos
com a câmera para a parte sombria foram bem utilizados, como o fantasma de
lençol do menino David e o espectro de Josette. Ousadia ou não Burton faz mix de gêneros o que não agradou a
critica. Sou suspeita a dizer, sou fã do diretor gótico e sempre estarei
prestigiando seus filmes, bem vistos pela critica ou não.